A obesidade, diferentemente do que muita gente pensa, é uma doença metabólica crônica grave, desencadeada por múltiplos fatores. Mas a boa notícia é que ela tem controle e tratamento. Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e pelo índice de massa corporal ou IMC igual ou acima de 30, a obesidade acomete mais de um quarto da população adulta no Brasil, isto é, mais de 40 milhões de pessoas, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e é um problema de saúde pública.
E, apesar de muito se falar sobre o assunto, várias pessoas não sabem que a obesidade vai muito além do consumo excessivo de alimentos. Por isso, preparamos este artigo para te alertar sobre as causas, os riscos e como se prevenir da obesidade.
Muitos podem ser os fatores que levam à obesidade, entre eles, podemos destacar:
O açúcar, a gordura e os carboidratos são alimentos ricos em calorias, que são usadas como fonte de energia para o corpo, mas que quando consumidos de forma excessiva, são armazenados na forma de gordura, favorecendo o aumento de peso e o desenvolvimento da obesidade.
Já a falta de atividade física, principalmente quando não há um balanço entre o que a pessoa ingere de alimentos e as calorias gastas por dia, também pode levar ao acúmulo de gordura no corpo e desenvolvimento da obesidade.
A prática de atividades físicas, como caminhada ou natação, por exemplo, é essencial para combater a obesidade, pois ajuda a aumentar o metabolismo do corpo, favorecendo o gasto de energia e a queima de calorias, facilitando a perda de peso.
A genética também é um importante fator que influencia na obesidade, já que a predisposição genética torna mais difícil para um adolescente ou adulto que é obeso desde a infância conseguir se manter no peso ideal, porque ele possui uma maior quantidade de células que armazenam gordura, e que facilmente ficam cheias.
A leptina e a grelina são dois hormônios importantes para regular o apetite e, por isso, quando seu funcionamento não está devidamente regulado a pessoa pode sentir mais fome que o normal, acabando por comer uma maior quantidade de comida, e mais vezes durante o dia.
A leptina é responsável por diminuir o apetite e é produzida pelas células de gordura para indicar ao corpo que já não precisa comer em grande quantidade. Isso significa que quanto mais células de gordura o indivíduo tem, mais leptina será produzida. No entanto, nos obesos é comum que os receptores de leptina não funcionem corretamente, o que faz com que a sensação de saciedade nunca chegue ao cérebro e consequentemente o indivíduo continua sentindo muito apetite.
Já a grelina é produzida no estômago quando ele está vazio e indica quando é preciso comer mais, porque ela aumenta o apetite. Estudos em obesos confirmaram que alguns deles, mesmo após comer muito, continuam produzindo uma elevada quantidade de grelina, o que faz com que a pessoa fique sentindo fome toda a hora.
A perda de alguém próximo, de um emprego ou uma notícia ruim podem levar a desequilíbrios emocionais e até mesmo a depressão. E estas condições favorecem um mecanismo de recompensa que leva à maior ingestão de alimentos, já que comer é algo prazeroso. Mas como a pessoa se sente triste na maior parte do tempo, não encontra energia para se exercitar, para poder gastar as calorias e a gordura que ingeriu à mais num momento de angústia e dor, o que resulta no aumento de peso.
Além de reduzir a qualidade de vida, a obesidade aumenta o risco e/ou agravamento de doenças como diabetes tipo II, pressão alta, colesterol alto, aumenta os riscos de infarto, derrame (acidente vascular cerebral), apneia do sono, asma e até alguns tipos de câncer.
Durante a pandemia, a obesidade foi considerada um fator crítico de agravamento e morte da COVID-19. De modo geral, a obesidade contribui para o surgimento ou agravamento das seguintes condições:
A obesidade deve ser combatida desde a infância, já que quanto mais tempo a pessoa permanece acima do peso, mais difícil será retornar e manter o peso controlado, em níveis adequados. E apesar de diversos fatores estarem ligados à obesidade – genéticos, psicológicos, sociais, metabólicos –, hábitos saudáveis podem ajudar na prevenção e no controle da doença.
Veja algumas dicas para prevenir a obesidade e melhorar sua qualidade de vida:
Não podemos nos esquecer de dedicar um tempo para realização de alguma atividade física. Nem que seja uma caminhada pelos corredores e espaços do local de trabalho, uma subida e descida pelas escadas do prédio, ou quem sabe a ida aos compromissos a pé, sempre que possível.
Além de manter uma alimentação balanceada, composta por vitaminas, fibras e carboidratos de baixo teor glicêmico e densidade calórica, é necessário abandonar também maus hábitos alimentares, como comer assistindo TV e evitar manter grandes quantidades de “guloseimas” estocadas na geladeira ou na despensa de casa.
Pessoas que dormem menos de sete horas por noite tendem a ter índice de massa corpórea (IMC) superior ao de pessoas que dormem mais, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição dos EUA. Por isso, mantenha uma rotina também no seu sono e garanta que está descansado o tempo adequado durante a noite.
Como comentamos, a obesidade pode trazer uma série de complicações, como alterações no colesterol e triglicérides. Por este motivo, é indispensável que você faça com frequência exames para medir o Colesterol Total e Frações e verificar se está tudo bem com seus indicadores.
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