Transtorno mental em idosos: conheça e saiba como prevenir

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O transtorno mental em idosos é um problema presente em cerca de um terço da população. Infelizmente, é uma das consequências do envelhecimento. Entretanto, muitos dos sinais, como perda de memória e cansaço, são interpretados como sintomas normais da velhice. Isso é um erro.

Entre os tipos de transtorno mental mais comuns estão demência e depressão. A primeira caracteriza-se por alterações na cognição. Isto é, toda a análise que a pessoa faz do mundo, seja pela visão, audição, emoção, entre outros, passa a se embaralhar. Portanto, perde-se a capacidade de memorizar e de resolver problemas do dia a dia, o que interfere nos relacionamentos e nas atividades sociais e profissionais.

Já a depressão manifesta-se como a falta de interesse por tudo. Entretanto, diferentemente da que acomete os jovens, ela é mais intensa. Alguns dos sintomas são dores pelo corpo, falta de apetite, insônia e perda de energia para realizar tarefas do dia a dia. Assim como a demência, a depressão nos idosos pode se expressar por meio de distúrbio de atenção, de concentração e de memória.

Notando-se qualquer alteração citada em ambos os casos, deve-se procurar um médico para um diagnóstico correto.

Tipos de demência

De acordo com a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), mais de 50 milhões de pessoas em todo mundo vivem com demência e a tendência é que até 2050 os casos tripliquem. O tipo mais comum é a doença de Alzheimer.

A patologia ocorre devido a uma deficiência na cognição que se instala gradativamente no cérebro. Normalmente, começa com pequenos lapsos de memória. A pessoa passa a esquecer acontecimentos recentes, mas tem uma ótima memória da infância. Mais tarde, começam as confusões mentais. Idas a lugares conhecidos passam a ser desafios complexos, pessoas conhecidas se tornam estranhas, ações que acabaram de realizar virão borrões etc.  Como o quadro parece inofensivo, as famílias tendem a demorar para procurar ajuda médica.

Outra demência comum é a vascular. Ela se caracteriza por múltiplos infartos que ocorrem no cérebro ao longo da vida da pessoa. Episódios como sonolência e indisposição podem ser causados por um pequenos derrames cerebrais. Esses acontecimentos levam a um declínio da capacidade cognitiva do indivíduo.

A doença frontotemporal, apesar de não ser tão conhecida, é igualmente importante. Ao contrários das anteriores, não afeta tanto a memória, mas sim o comportamento. Os idosos que sofrem dessa condição passam a ter uma atitude diferente da que costumavam ter. Essa doença é parecida com a neurossífilis, patologia comum no passado que também afetava as regiões frontotemporais, alterando a personalidade da pessoa. Ela representa cerca de 5% a 10% dos casos de demência.

Além dessas, outra caso comum é a demência com corpos de Lewy. Apesar de apresentar sintomas como os de Alzheimer, ela é marcada por oscilações no desempenho do dia a dia. Em um primeiro momento a pessoa está bem e, no minuto seguinte, apresenta confusão mental. São comuns também alucinações visuais (ver coisas que não existem).

Principais causas da demência

Apesar das causas ainda não serem completamente conhecidas, estima-se que indivíduos com altos níveis de colesterol durante a vida adulta e hipertensão têm mais risco de desenvolver Alzheimer. Além disso, problemas como déficit de vitamina B12, hipotireoidismo e Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem provocar demência.

Outro fator que pode influenciar a condição é o uso de alguns medicamentos. Um exemplo são os remédios de vertigem, indicados para casos de tontura, que afetam fortemente a memória do paciente. O alto número de remédios prescritos por diferentes médicos também pode provocar distúrbios.

Como prevenir o transtorno mental

Um fato comum em todas as pesquisas é a importância da atividade intelectual. O hábito de ler, jogar xadrez ou até mesmo fazer palavras cruzadas diminui o risco do comprometimento cognitivo. Exercitar o cérebro é tão importante quanto exercitar o corpo. Medidas como não fumar, controlar o peso, não abusar do álcool e manter os níveis de colesterol, pressão arterial e glicose dentro do valor normal também são indicadas.

É importante também a prática de exercícios físicos. Ela revitaliza as funções intelectuais, ajuda a normalizar os ciclos de sono e dá sensação de bem-estar. Caso o paciente não melhore com essas medidas, é recomendado o tratamento farmacológico.

No Labi Exames estão disponíveis o Check-up do Colesterol, o exame de Vitamina B12 e o exame TSH (Hormônio Tireoestimulante) que ajudam a diagnosticar um possível quadro de demência.

Equipe Labi

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