O diabetes é uma doença crônica e silenciosa que causa muitos danos à saúde e qualidade de vida do portador, além de poder levar à morte.
Segundo o Atlas do Diabetes de 2019, 46% dos brasileiros diabéticos não sabem que têm a doença, cerca de 8 milhões de pessoas. Ou seja, são grandes as chances destas pessoas só serem diagnosticadas com diabetes quando as complicações já estiverem acontecendo.
Sobre isto a Sociedade Brasileira de Diabetes estima que, no momento do diagnóstico do diabetes, 8% a 16% das pessoas já apresentam retinopatia (danos aos vasos sanguíneos da retina que podem prejudicar irreversivelmente a visão), 17% a 22% já têm microalbuminúria (um indicador precoce da insuficiência renal) e 14% a 48% já têm algum grau de neuropatia periférica diabética, lesões nos nervos periféricos de algumas regiões do corpo, como pés e mãos.
Por isso, neste artigo, mostraremos o quão importante é fazer exames e testes regularmente para medir os níveis de glicose no sangue e o pré-diabetes. Confira.
Caso você tenha sido diagnosticado com pré-diabetes isso significa que você tem um nível de açúcar no sangue acima do normal, mas não alto o suficiente para ser classificado como diabético tipo 2. Geralmente, esta fase intermediária é assintomática, por isso, recomenda-se que pessoas que tenham algum fator de risco, meçam periodicamente as suas taxas de glicemia.
A ciência considera o pré-diabetes como uma janela de oportunidade, um momento intermediário, no qual você não tem os níveis de glicose no sangue normais, mas também não é diabético.
Por isso, precisamos encarar o pré-diabetes como uma chance de reverter o quadro para que ele não se torne um diabetes tipo 2. E estudos mostram que essa reversão é possível.
De acordo com uma revisão de 2017, a cada 2,2 kg perdidos, o risco de diabetes tipo 2 se reduz em 16%. Já segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 25% dos pacientes pré-diabéticos se tornam diabéticos tipo 2, 50% permanecem pré-diabéticos e 25% conseguem reverter o quadro.
Então, respondendo à pergunta: sim, o pré-diabetes é reversível. Com acompanhamento médico e uma boa estratégia de saúde, o quadro pode ser revertido.
Seu médico solicitará um exame de sangue para um diagnóstico preciso, pois é importante dizer que dispositivos que medem os níveis de glicose, como o teste da picada no dedo, não são usados para diagnóstico.
Confira a seguir os principais exames e testes para diagnosticar o pré-diabetes e o diabetes.
A glicemia de jejum é a medida da glicose no sangue após um jejum de 8 a 14 horas. Esse exame é feito com amostra de sangue, que pode ser coletado no Labi ou por um técnico em visita.
O teste de hemoglobina glicada mede o nível médio de açúcar no sangue nos últimos 2 a 3 meses. Este teste não requer jejum e pode ser feito a qualquer momento.
Um valor de A1C de 5,7% a 6,4% diagnóstico de pré-diabetes e um segundo teste é recomendado para confirmar os resultados. Quanto maior o A1C, maior o risco de seu pré-diabetes progredir para diabetes tipo 2.
Durante um teste de curva glicêmica de 120 minutos, seu médico pedirá que você jejue por 8 horas ou durante a noite. Antes de comer, um profissional de saúde coletará uma amostra de sangue para teste.
Um nível de açúcar no sangue de 100 a 125 mg/dL indica pré-diabetes.
Para realizar este teste no Labi, é necessário um pedido médico.
Neste exame serão verificados os níveis de glicose no sangue duas vezes, uma vez no início da consulta e duas horas depois de beber uma bebida açucarada.
Se o nível de açúcar no sangue for de 140 a 199 mg/dL após 2 horas, o teste indica tolerância à glicose ou pré-diabetes.
O TOTG também requer jejum e é muito indicado para gestantes.
O tratamento do pré-diabetes também pode ser considerado como prevenção do diabetes tipo 2. Se o seu médico diagnosticar você com pré-diabetes, ele recomendará certas mudanças no estilo de vida.
As formas mais comuns de gerenciar o pré-diabetes são:
Clique aqui e confira algumas dicas para controlar e prevenir o diabetes que também servem para reverter um quadro de pré-diabetes.
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Fonte: https://diretriz.diabetes.org.br/tratamento-farmacologico-do-pre-diabetes/
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