A genialidade feminina trouxe inovações em vários setores e são verdadeiros exemplos do quão longe uma mulher pode ir, mesmo com todos os obstáculos sociais que tentam freá-las. A transmissão wireless, a geladeira elétrica, os algoritmos de computador e a tecnologia das telecomunicações são alguns exemplos de invenções femininas que mudaram o mundo e a vida cotidiana.
Sempre contrariando o estereótipo de fragilidade que lhes é constantemente atribuído, a força feminina é tão antiga quanto àqueles que tentam podá-la e há séculos as mulheres vêm lutando pelo direito de serem quem elas quiserem ser e conquistar o espaço que merecem na sociedade.
E em tempos tão difíceis, essa força se faz muito presente em todas as profissionais da saúde. Não temos como deixar de prestigiar as mulheres que estão há um ano na linha de frente contra a COVID-19, lutando incansavelmente para desempenhar o papel mais bonito que alguém pode ter: salvar vidas. Se recusando a desistir, mesmo em um cenário tão doloroso e mesmo na exaustão extrema, as mulheres da saúde tem nossa eterna gratidão e admiração.
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher e homenagear as profissionais que vem revolucionando a saúde, o Labi separou algumas histórias de mulheres incríveis que salvaram a vida de milhares de pessoas com suas descobertas:
Nascida em 1917 nos Estados Unidos, Mamie era uma psicóloga que atuou como ativista contra a segregação racial nos Estados Unidos e conduziu vários estudos que analisavam os impactos do racismo dentro da sociedade, especialmente na infância. O mais impactante deles foi o “Identificação racial e preferências em crianças negras”.
Nesse experimento, crianças negras de 3 a 7 anos que estudavam em escolas segregadas tinham a opção de escolher entre duas bonecas que eram idênticas em todos os aspectos, exceto que uma boneca era branca e a outra era negra. Então foram feitas às crianças uma série de perguntas, incluindo com qual boneca elas preferiam brincar, qual era uma boneca legal, qual era uma ruim e qual se parecia mais com a criança.
Os resultados da pesquisas foram angustiantes e apontaram que 59% das crianças identificariam a boneca preta como a “ruim”, 60% responderam que a boneca branca tinha a cor mais bonita e, mesmo sendo negras, quase 33% das crianças escolheram a boneca branca como a que mais se assemelhavam à eles. A psicóloga concluiu sua tese mostrando que o preconceito, discriminação e segregação desde a infância, desenvolve na criança negra o senso de inferioridade e autodepreciação.
Com esse estudo, Phipps Clark desempenhou um papel importante no movimento pelos direitos civis. Ele foi apresentado ao Supremo Tribunal Americano como prova que o racismo e a segregação causavam graves danos psicológicos às crianças e essa foi a primeira vez que um estudo social foi apresentado perante ao tribunal como prova.
O testemunho e pesquisa de Mamie evidenciaram que o conceito de “separados, mas iguais” (slogan da campanha segregacionista) era absurdo, mentiroso e cruel. Além disso, a tese foi a principal evidência que levou o tribunal a criminalizar a segregação racial em escolas americanas.
Mamie morreu em 1983 e deixou para trás um legado poderoso, suas investigações sobre o autoconceito entre as minorias inspiraram novas pesquisas sobre o assunto e abriu novas áreas de estudo no campo da psicologia do desenvolvimento. Phipps Clark dedicou sua vida a melhorar as condições sociais e econômicas das pessoas pretas e sua batalha apresentou importantes vitórias contra o racismo.
Considerada como uma das mais importantes figuras da psiquiatria brasileira, Nise era alagoana e estudou na Faculdade de Medicina da Bahia. Símbolo de resistência e coragem, ela era a única mulher numa turma de 157 alunos e era uma gigante em força, defendendo e lutando incansavelmente pelas suas ideias no âmbito da psiquiatria.
No Rio de Janeiro ela começou a estudar mais sobre Terapia Ocupacional e começou a desenvolver novas técnicas de tratamento. A médica passou a utilizar as artes plásticas como uma valiosa ferramenta no tratamento de pacientes esquizofrênicos graves. Ela percebeu que, através das artes, o paciente tinha como se comunicar de forma não-verbal sobre suas emoções e seus próprios conflitos internos.
O principal objetivo de Nise era lutar por um tratamento mais humanizado nos manicômios do Brasil, pois naquela época, choques elétricos, lobotomia e confinamento eram vistos como soluções para transtornos mentais e a alagoana sempre foi rigorosamente contra esses métodos.
Pioneira na Terapia Ocupacional, ela fundou a seção da terapêutica ocupacional e o Museu de Imagens do Inconsciente no Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro. Conhecido e aclamado no mundo todo, ele é um símbolo da importância das imagens do inconsciente na compreensão do mundo interior do esquizofrênico.
Uma carreira brilhante, inovadora e humanizada foi a marca de Nise da Silveira, que faleceu em 1999. Dona de uma paixão, perseverança e espírito de aventura incomparáveis, ela resistiu e manteve-se firme em todas as adversidades e lutas profissionais que enfrentou ao longo de seus 94 anos de vida.
A psiquiatra deixou um legado muito forte e importante para o Brasil e para o mundo e acreditava que o segredo para o sucesso do tratamento psiquiátrico era justamente ser e manter-se humano.
Em 1982, a pesquisadora cientista Françoise e o médico Luc Montagnier começaram a estudar sobre uma nova epidemia que estava começando a surgir. Esta pesquisa os levou a descobrir um retrovírus que atacava os linfócitos, um tipo de célula sanguínea muito importante para o sistema imunológico do corpo.
Barré-Sinoussi e Montagnier identificaram sinais de como o vírus se replicava no organismo, o que permitiu a identificação de detalhes importantes sobre como ele interage com o hospedeiro. Posteriormente, essas informações levaram ao desenvolvimento de métodos para diagnosticar pacientes infectados, o que ajudou a frear a pandemia e salvar milhares de vidas.
Mais tarde, esse retrovírus passou a ser conhecido por todos como Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), e foi identificado como o causador da doença da imunodeficiência AIDS. A descoberta de Françoise melhorou radicalmente os métodos de tratamento para quem sofre de AIDS, e com a ajuda dela a doença deixou de ser sinônimo de sentença de morte.
No ano de 2008 Françoise Barré-Sinoussi ganhou o Prêmio Nobel de Medicina, sendo reconhecida pelo seu trabalho no enfrentamento à AIDS. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 13,1 milhões de vidas foram salvas devido à terapia antirretroviral entre 2000 e 2016. Essa conquista foi o resultado de grandes esforços, entre os quais podemos destacar o de Françoise que luta para erradicar o vírus desde que o descobriu em 1982.
A renomada virologista continua batalhando até os dias de hoje para melhorar as condições de prevenção, cuidados e tratamento da AIDS, principalmente nos países em desenvolvimento, e seu principal objetivo é encontrar a cura para a doença e erradicá-la permanentemente.
Em 2015, durante sua rotina de atendimento na cidade de Campina Grande, no sertão paraibano, a médica obstetra constatou no ultrassom de duas mulheres diferentes que os bebês apresentavam uma espécie de má formação craniana muito incomum, a qual ela nunca tinha visto antes.
Determinada a encontrar respostas sobre os casos, a Dra Melo começou a fazer uma vasta investigação sobre o que poderia ter causado a anomalia nos fetos. Depois de muita pesquisa, ela constatou que as duas mães haviam sido infectadas com o zika vírus durante o primeiro trimestre da gravidez. A partir daí, ela começou a tecer uma correlação entre o vírus e a patologia dos bebês e enviou uma amostra do líquido amniótico das duas mulheres para Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) que confirmou a presença do vírus da zika no líquido amniótico delas.
Adriana marcou seu nome na história da medicina ao descobrir que o zika vírus em gestantes causa microcefalia nos fetos. Antes da descoberta havia apenas 6 artigos publicados sobre o zika vírus e nenhum deles atrelava a doença à microcefalia.
Hoje, já são encontrados mais de 1.500 estudos publicados sobre o tema, o que possibilitou uma melhora incalculável na prevenção e tratamento da doença. Esse avanço só foi possível graças ao pioneirismo e persistência da médica.
Atualmente, ela é presidente do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (IPESQ), que oferece um atendimento multidisciplinar, integral e gratuito às crianças com microcefalia e seus familiares, ao mesmo tempo que fazem pesquisas científicas sobre a eficácia dos tratamentos lá aplicados e sobre a evolução do desenvolvimento das crianças.
Infelizmente, o instituto sofre com a falta de investimento tanto da iniciativa privada quanto pública, mas mesmo assim, Adriana se mantém firme na sua jornada de ajudar a essas crianças que tanto precisam de apoio.
Essas são algumas histórias, entre tantas outras, de mulheres inspiradoras que venceram o preconceito e deixaram uma mensagem impossível de ser ignorada: que as mulheres podem conquistar o que quiserem, onde quiserem. Que a discriminação pode levantar mil barreiras, mas todas elas serão vencidas, pois nada pode frear a inteligência e determinação de uma mulher.
No Dia Internacional da Mulher, o Labi gostaria de homenagear e agradecer a todas as profissionais da saúde que seguem lutando corajosamente contra o coronavírus.
Agradecemos por cada vida salva, por cada paciente desentubado e sofremos junto com vocês por cada vida perdida. Obrigado por continuarem resistindo, por todo seu esforço e sacrifício e um muito obrigado ainda mais especial pela sua força e pela sua recusa em desistir, características tão comum às mulheres.
Sabemos que a luta é difícil, pesada e por vezes solitária, mas graças a vocês, sabemos também que iremos vencê-la.
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