Desde 2016, o Ministério da Saúde passou a utilizar o termo IST (infecção sexualmente transmissível), em vez da tradicional DST (Doença Sexualmente Transmissível), porque o termo “doença” sugere que existam sintomas visíveis na pessoa infectada, enquanto a palavra infecção admite que também há problemas assintomáticos.
Sendo um dos problemas de maior impacto sobre os sistemas públicos de saúde, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) afetam – e muito – a qualidade de vida de seus portadores no Brasil e no mundo.
Por essa razão, o Ministério da Saúde realiza a campanha do Dezembro Vermelho que tem o objetivo de promover a conscientização para o tratamento precoce da infecção pelo vírus do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis, já que é extremamente importante o diálogo sobre as infecções para que, num futuro, a cadeia de transmissão seja interrompida e a qualidade de vida das pessoas melhore.
IST é uma Infecção Sexualmente Transmissível que pode ser causada por bactérias, vírus ou outros agentes, como parasitas e que são propagadas por meio das relações sexuais desprotegidas – inclusive no sexo ora e anal. Dentre elas a herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV/AIDS, clamídia, tricomoníase, além das hepatites virais B e C, podendo, dependendo da doença, evoluir para graves complicações.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 milhão de infecções sexualmente transmissíveis são adquiridas todos os dias no mundo todo. Apesar da maioria ser facilmente tratada, um grande problema das IST ‘s é que os sintomas não são facilmente percebidos, ou seja, muitas pessoas podem ter e não sabem, o que reforça a importância de usar preservativo em todas as relações sexuais.
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou que aproximadamente 1 milhão de pessoas no Brasil tenham diagnóstico médico para Infecção Sexualmente Transmissível (IST). E mesmo com esse número alarmante de pessoas infectadas, a pesquisa constatou que, entre os indivíduos com 18 anos ou mais, apenas 22,8% (ou 26,6 milhões de pessoas) usaram preservativo em todas as relações sexuais, 17,1% das pessoas afirmaram usar às vezes, e 59,0% disseram que nunca usam preservativo.
O descuido e a falta do uso de proteção já são refletidos no aumento de casos de IST ‘s no país. O Boletim Epidemiológico HIV/Aids, emitido pelo Ministério da Saúde, revelou um aumento de 64,9% das ISTs entre jovens de 15 a 19 anos e de 74,8% para os de 20 a 24 anos, entre 2009 e 2019. Um dos motivos para o comportamento imprudente e para o crescimento dos casos é uma falsa sensação de segurança que os jovens sentem, principalmente por não ter vivenciado as epidemias de HIV e AIDS na década de 1980.
E o mais preocupante é que este sentimento parece perdurar por toda a vida, já que, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), embora homens adultos saibam o que são as infecções sexualmente transmissíveis, 80% se consideram fora de risco para a contaminação.
Quando se trata das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST ‘s) os sintomas podem variar de acordo com o tipo de infecção. Entre os mais comuns podemos citar:
Vale lembrar que ao evitar as infecções, é possível evitar complicações como câncer, doença inflamatória pélvica, que pode causar dor e esterilidade, além da gravidez ectópica (gravidez fora do útero).
Por causa da existência de casos em que os sintomas passam despercebidos, uma das formas de evitar as consequências tardias das IST’s é fazer exames de controle, principalmente, nas seguintes circunstâncias:
Quanto mais cedo ocorrer a descoberta de alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), melhores são as chances de eficácia do tratamento. Por isso, não hesite em fazer o Teste de DSTs no Labi, eles são completamente sigilosos e você ainda pode realizá-los no conforto do seu lar, sem precisar sair de casa.
Existem diversos tipos de IST’s e a maioria pode ser transmitida por meio do sexo sem proteção (anal, vaginal e oral), do beijo, do contato pele com pele genital infectada, por brinquedos eróticos não higienizados e também da mãe para o bebê durante o parto.
Portanto, para não contrair qualquer tipo de infecção, a melhor forma de prevenção é o uso de preservativos. Não bobeie e cuide da sua saúde! Confira abaixo uma lista com as IST’s mais comuns:
A clamídia é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e costuma ser assintomática. Contudo, caso não seja diagnosticada e tratada rapidamente, pode causar uma série de complicações graves, como inflamações na pélvis ou na próstata, problemas nas trompas e até mesmo levar à infertilidade.
Uma infecção provocada pelo vírus herpes HSV, que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Uma vez dentro de um organismo, dificilmente esse vírus será eliminado, já que ele se esconde dentro das raízes nervosas, o que impede o acesso do sistema imunológico a ele.
O Papilomavírus Humano (HPV) é o vírus conhecido por causar o câncer do colo do útero. Existem mais de 100 tipos de HPV, que podem provocar diversas enfermidades e afetar também os homens. Entre os problemas mais comuns, estão também as verrugas genitais e o câncer de ânus.
Infecção causada pela bactéria Neisseria Gonorrhoeae e na maioria dos casos não causa sintomas, no entanto, algumas pessoas podem sentir dor ou ardor ao urinar e surgimento de corrimento branco-amarelado, semelhante ao pus. A infecção costuma afetar a uretra e o colo do útero — bem como o reto e a garganta quando se pratica sexo anal e oral, respectivamente. Assim como a clamídia, se não tratada, a gonorreia pode provocar infertilidade nas mulheres.
Essa IST também é causada pela bactéria Treponema pallidum e se ela não for rapidamente tratada, a infecção pode se espalhar pelo corpo e trazer complicações graves como AVC, surdez, demência e meningite. Caso haja feridas nas mucosas, a sífilis pode ser transmitida pelo beijo, porém essa forma é rara.
A tricomoníase é uma IST muito comum causada pelo parasita Trichomonas sp., que pode levar ao aparecimento de corrimento vaginal amarelado ou esverdeado, dor e ardor ao urinar e coceira na região genital.
A AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), que ataca o sistema imunológico e deixa o organismo vulnerável a doenças. Embora a infecção já tenha sido encarada como sentença de morte, a evolução dos tratamentos deu à AIDS um status de condição crônica —como tal, exige muitos cuidados, mas não impede ninguém de ter uma vida plena e longa.
As hepatites virais são doenças infecciosas graves que afetam o fígado e causam a inflamação do órgão. A grande preocupação com relação às hepatites são os casos mais graves da doença, que podem levar à falência hepática (o fígado deixa de funcionar), a cirrose, que traz várias complicações como hemorragia (vômitos de sangue), ou desenvolvimento de ascite (ganhar líquido na barriga) e até o desenvolvimento de câncer no fígado. As hepatites de tipo A, B e C são geradas por vírus e podem ser transmitidas pelo sexo; os tipos B e C são passados, principalmente, pelo sangue.
Entre os métodos para prevenção das ISTs, destaca-se a combinação do uso de preservativo masculino ou feminino, com estratégias de vacinação.
O uso de preservativo masculinos ou femininos em todas as relações sexuais vaginais ou anais é a forma mais simples e eficiente para evitar o contato com as infecções.
Mesmo em relacionamentos estáveis é recomendado manter o preservativo, uma vez que, o parceiro pode adquirir o vírus de outra pessoa, de diversas maneiras: sexo fora do relacionamento, compartilhamento de seringas (comum em usuários de drogas ilegais) ou uso de piercings e instrumentos hospitalares ou de manicure não esterilizados.
A Vacina de HPV Quadrivalente imuniza o organismo contra o HPV 16 e 18, diminuindo drasticamente as chances de desenvolver câncer de colo de útero, e dos tipos 6 e 11 que causam as verrugas genitais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a melhor maneira de prevenir o HPV é ser vacinado antes de iniciar a atividade sexual, já que as vacinas são preventivas e não podem tratar infecções já existentes ou doenças associadas ao HPV, como o câncer.
Tendo isso em vista, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam que a Vacina de HPV Quadrivalente seja tomada principalmente por:
A melhor e mais eficaz maneira de prevenir a hepatite é sem dúvidas a Vacina de Hepatite A e B, que protege contra os tipos A e B da doença. A Sociedade Brasileira de Imunização (SBim) recomenda que a Vacina de Hepatite A seja tomada por todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.
Já a Vacina de Hepatite B faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada nas primeiras 12 a 24 horas após o nascimento. Assim, previne-se a hepatite crônica – forma que pode acometer até 90% dos bebês contaminados ao nascer. A Vacina de Hepatite B também é especialmente indicada para gestantes não vacinadas.
Embora as formas de contágio sejam bastante variadas, de maneira geral é possível se prevenir contra praticamente todas as ISTs se o sexo for seguro e através da vacinação. Além disso, vale a pena manter-se sempre informado e disseminar conhecimento para as pessoas da sua convivência; afinal, informação também é um modo de prevenção. E, seja com exames, testes, check-ups ou vacinas, conte sempre com o Labi para te ajudar a cuidar da saúde.
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