As vacinas são grandes avanços da ciência e são responsáveis por salvar 3 milhões de vidas anualmente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). E, hoje, existem diferentes tipos de vacina, sendo as vacinas combinadas, também conhecidas como conjugadas, um dos mais importantes, pois facilitam muito a rotina de imunização em diferentes partes do mundo.
E você sabe quais são e como funcionam as vacinas combinadas? Preparamos este artigo para responder às principais dúvidas sobre o assunto.
As vacinas combinadas são aquelas que reúnem diversas imunizações em uma única dose de vacina e protegem de várias doenças ao mesmo tempo. Elas são uma alternativa prática, porque substituem as aplicações separadas de vacinas.
Inclusive, elas surgiram justamente da necessidade de diminuir o número de aplicações e, assim, reduzir a dor na criança, o número de visitas ao posto ou à clínica de vacinação. Então, imagine que, em vez de precisar levar o seu filho várias vezes para se vacinar, uma mesma aplicação consegue protegê-lo de 3, 4 e até mais doenças.
Isso tudo para evitar o atraso no calendário vacinal e ainda facilitar a logística necessária para o transporte e armazenamento das vacinas, reduzindo custos. Em resumo: as vacinas combinadas são benéficas para os pais, filhos e para a sociedade.
O principal benefício das vacinas conjugadas é oferecer na mesma aplicação proteção contra várias doenças por meio da combinação de diversos imunizantes. O resultado disso é menos picadas e menos estresse para filhos e pais.
Esse tipo de imunizante incentiva os pais a ficarem mais comprometidos em levar as crianças para vaciná-las, porque podem organizar sua agenda e se ausentar menos vezes do trabalho ou dos afazeres do dia a dia, ou seja, a adesão à vacinação aumenta e se torna mais fácil manter o calendário vacinal em dia.
Existem diversas vacinas combinadas e entre elas podemos citar os seguintes imunizantes:
A Vacina Tríplice Viral é uma das vacinas obrigatórias na primeira infância e protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, doenças contagiosas e possivelmente fatais.
Por conta disso, é preocupante ver que os índices de vacinação estão caindo. Segundo o Programa Nacional de Imunização, em 2020 apenas 46% das crianças receberam a segunda dose da Vacina Tríplice Viral.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) recomendam que as crianças a partir dos 12 meses de idade sejam vacinadas com a primeira dose da Vacina Tríplice Viral. A segunda – e última dose – deve ser tomada quando a criança completar 15 meses.
Esse imunizante protege contra três infecções bacterianas:
A Vacina dTpa – Tríplice Bacteriana Acelular deve ser tomada como um reforço em crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos. Além disso, é importante que todos tomem uma dose da Vacina dTpa – Tríplice Bacteriana Acelular a cada dez anos, para renovar a proteção contra o tétano.
Esse imunizante também é essencial para garantir a saúde das mamães durante a gravidez e deve ser tomada por todas as gestantes e por todas as pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos, sobretudo com bebês com menos de 1 ano, incluindo familiares, babás, cuidadores e profissionais da saúde.
A Vacina Quádrupla Bacteriana Acelular protege contra as três infecções bacterianas cobertas pela Vacina dTpa – Tríplice Bacteriana Acelular e também contra a poliomielite. Conhecida anteriormente, como paralisia infantil, a poliomielite é uma doença infecciosa que pode causar danos irreversíveis à criança, como paralisia nos músculos, e até a morte.
Esse imunizante é indicado para as mesmas situações que a Vacina dTpa – Tríplice Bacteriana Acelular e é recomendada principalmente para viajantes com destinos às áreas de risco para poliomielite.
A Vacina Pentavalente Acelular protege contra cinco doenças, sendo elas, difteria, tétano, coqueluche, meningite por Hib (bactéria Haemophilus influenzae tipo b) e poliomielite. Já a Vacina Hexavalente Acelular protege contra as cinco doenças cobertas pela Vacina Pentavalente Acelular e também protege contra a hepatite B.
A Vacina Pentavalente Acelular e a Vacina Hexavalente Acelular são aplicadas em 2 doses e são imprescindíveis para o calendário vacinal da primeira infância. O imunizante Pentavalente Acelular deve ser tomado por bebês aos 4 e 15 meses. Já a Vacina Hexavalente Acelular deve ser tomada aos 2 e 6 meses de idade. Vale lembrar que a criança só precisa tomar uma das duas vacinas, visto que elas protegem quase que contra as mesmas doenças, e caso a imunização seja feita com a Vacina Pentavalente Acelular a criança precisa tomar separadamente a Vacina de Hepatite B.
Além disso, vale ressaltar que as crianças que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Hib e/ou coqueluche também devem ser imunizadas, uma vez que, ter sido infectado por essas doenças anteriormente não confere proteção permanente contra novas infecções.
Lembre-se sempre que todas as vacinas são seguras, eficazes e fortalecem o sistema imunológico, são a melhor forma de proteção contra doenças graves e ajudam a reduzir drasticamente o número de mortes e hospitalizações por infecções.
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