Excesso de álcool e a hepatite alcoólica

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O consumo de álcool por jovens é um problema de saúde mundial. Embora a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos seja proibida no Brasil, dados do Ibope revelam que os primeiros contatos com a bebida começam por volta dos 13 anos de idade. Nesta fase, a preferência é por preços mais acessíveis e níveis elevados de teor alcoólico. Em um primeiro momento, o efeito colateral aparente é a famosa ressaca. Porém os efeitos no organismo do consumo excessivo aparecem depois de alguns anos.

Consequentemente, jovens entre 18 e 24 anos estão entre os mais dependentes de bebidas alcoólicas, segundo o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. Segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 20 mortes são por uso de álcool.

Estudo publicado pela revista científica The Lancet e divulgado em 2018, analisou os níveis de consumo de álcool e seus efeitos sobre a saúde das pessoas em 195 países, desde 1990 até 2016. Os cientistas compararam pessoas de 15 a 95 anos, que consomem ou não bebida alcoólica.

Eles descobriram que uma dose por dia eleva em 0,5% o risco de problemas de saúde relacionados ao álcool, se comparado a quem não bebe. Duas doses por dia e o risco aumenta para 7%. Cinco doses diárias, o risco pode chegar a ser 37% maior.

Mas de que riscos estamos falando, exatamente?

Depois das hepatites, as doenças causadas pelo álcool como cirrose, insuficiência hepática, fibrose, entre outras, estão entre as mais diagnosticadas. Todas elas atacam o fígado, um dos órgãos vitais do corpo humano, responsável por mais de 500 reações metabólicas. Geralmente são doenças silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas.

É importante frisar que não existe um volume mínimo aceitável para o consumo de álcool. O risco de  desenvolvimento da hepatite alcoólica varia de pessoa para pessoa e não depende da quantidade consumida, da idade e nem do sexo.

Uma forma de prevenção à hepatite alcoólica, que tem cura mas pode levar a óbito após 6 meses, é saber que pacientes com hepatite C possuem maiores chances de contrair a doença. Este tipo de hepatite é transmitida por relação sexual, sangue ou agulhas contaminados e da mãe para o bebê durante o parto, em casos mais raros. Pode causar infecção persistente do fígado, levando à cirrose e até mesmo ao câncer.

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Equipe Labi

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