Inimigos do verão: Dengue, Zika, Febre Amarela, Chikungunya

Publicado por: Equipe Labi Equipe Labi
14/02/2022
9 minutos de leitura
Mosquito da dengue picando pessoa

Todo o verão vemos no Brasil  um aumento no número de casos de dengue, febre amarela, zika vírus e chikungunya, que são doenças transmitidas pelo mosquito  Aedes aegypti e essas doenças se transformaram em verdadeiras ameaças à saúde da população. 

Por conta disso, sempre vemos campanhas divulgando as medidas de proteção necessárias durante esta época do ano. E não se esqueça que é muito importante tomar todos os cuidados para evitar essas infecções que podem trazer consequências graves à saúde.  A seguir, confira mais informações sobre as quatro doenças:

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa grave que é transmitida pela picada de dois tipos de mosquitos: o Aedes Aegypti e o Haemagogus sabethes. O vírus só pode ser transmitido pela picada desses mosquitos e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.

Após a picada do mosquito, os sintomas podem demorar até 6 dias para surgirem, podendo ser notada dor de cabeça intensa, febre alta e dor muscular generalizada, por exemplo. Algumas pessoas podem desenvolver a forma mais grave da doença, que é caracterizada por vômitos, dor abdominal intensa, sangramentos e olhos e pele amarelados. 

Vale lembrar que a febre amarela pode levar a óbito em suas formas mais graves e, por isso, todos os casos devem ser notificados para as autoridades sanitárias, já que ela é uma doença facilmente transmissível, com alto risco de provocar um surto.

Vacina de Febre Amarela

A Vacina de Febre Amarela é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença e toda pessoa que reside em áreas de risco e pessoas que vão viajar para essas regiões devem se imunizar. A vacina pode ser aplicada a partir dos 9 meses de idade, porém, em situações de emergência, a imunização poderá ser feita a partir dos 6 meses. 

Os estados brasileiros que requerem a vacinação contra febre amarela são: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão e Minas Gerais. Algumas regiões dos seguintes estados também podem ser indicadas: Bahia, Piauí, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Vale ressaltar que esse é o único imunizante (além da vacina contra a COVID-19) considerado obrigatório para algumas viagens internacionais, ou seja, sem a Vacina de Febre Amarela não é permitida a entrada da pessoa em alguns países. Veja aqui a lista de nações que exigem a vacinação contra febre amarela.

Dengue

Considerado um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo, a dengue também é transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti e existem registros de que a doença pode ser transmitida de forma vertical (gestante – bebê) e por transfusão de sangue.

A infecção pelo vírus da dengue pode desencadear sintomas leves ou graves, ou não apresentar nenhum sintoma. Os sintomas, quando surgem, podem aparecer entre quatro a dez dias depois da picada do mosquito.

Geralmente, a dengue é classificada em dois tipos: a dengue clássica e a febre hemorrágica da dengue, uma forma mais grave da infecção. A dengue clássica é a mais comum e pode  causar febre alta (superior a 39°), dores de cabeça, no corpo, nas articulações e nos olhos, fraqueza, vômitos, manchas na pele e coceira. Em geral, esses sintomas não duram por mais de uma semana. Entretanto, em alguns casos, pode ocorrer evolução para formas graves da doença.

Na febre hemorrágica da dengue, além dos sintomas anteriormente listados, a pessoa também tem acúmulo de líquidos e problemas como insuficiência circulatória e aumento anormal do tamanho do fígado (hepatomegalia). Ao perceber qualquer um desses sintomas, deve-se procurar imediatamente os postos de saúde.

Como saber se estou com dengue?

Caso você esteja com algum sintoma da doença é muito importante fazer o Teste de Dengue que verifica o contato com o vírus (sorotipos 1, 2, 3 e 4) no organismo para o diagnóstico precoce, evitando que as complicações se desenvolvam gravemente. 

Zika vírus

O zika vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015 e está relacionado com a Síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome neurológica que causa paralisia, e também com casos de microcefalia em bebês, cujas mães foram contaminadas pelo vírus durante a gestação.

A infecção possui três formas de transmissão: por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, sexual e se a mulher estiver grávida, pode ser transmitida para o feto. Em comparação com as outras arboviroses (dengue, febre amarela e chikungunya), é a doença que apresenta maiores complicações, já que pode afetar o sistema neurológico. Entre o grupo de risco da doença podemos citar: gestantes, idosos e portadores de doenças crônicas. 

Outro ponto importante da doença é que, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 80% dos infectados pelo zika vírus não manifestam sintomas. Porém, em 20% dos casos podem surgir sintomas, como, dor de cabeça moderada, hipertrofia ganglionar (ínguas pelo corpo), manchas vermelhas intensas, febre baixa, coceira moderada a intensa, inchaço leve a moderado nas articulações, conjuntivite, dor moderada nos músculos e dor articular moderada. 

Como saber se estou com zika vírus?

O Teste de Zika, que verifica o contato com o vírus Zika no organismo, é indicado para pessoas que realizaram viagens recentes para uma área de risco ou pessoas que apresentaram algum dos sintomas descritos acima, principalmente, vermelhidão e coceira, febre baixa, conjuntivite sem secreção (olho vermelho), mialgia e dor de cabeça ou dor nas articulações.

Com o diagnóstico precoce, é possível evitar que as complicações se desenvolvam gravemente ou deixem sequelas, por isso, não hesite em fazer o  Teste de Zika sempre que necessário, principalmente se você for do grupo de risco. 

Chikungunya

A chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV e que também é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.

Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. A doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção por causa das articulações inflamadas e doloridas.

Apesar da chikungunya ser muito parecida com a dengue, é importante diferenciar o diagnóstico das duas doenças, uma vez que a dengue é mais grave e seu tratamento pede um acompanhamento mais próximo. 

Como saber se estou com chikungunya?

Você consegue verificar se teve, ou não, contato com o vírus chikungunya no seu organismo por meio do Teste de Chikungunya. Assim como nas outras infecções, o diagnóstico precoce permite um acompanhamento e um tratamento adequado visando evitar as complicações que a doença pode trazer.

O Teste de Chikungunya é indicado para pessoas que realizaram viagens para uma área de risco ou para a identificação de algum dos sintomas da doença. 

Como me proteger dessas doenças?

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor de todos estes vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar os focos de reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir o contágio. Veja algumas para ajudar a eliminar o risco:

Evite o acúmulo de água

O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso, é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d’água e cisternas.

Coloque areia nos vasos de plantas

O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que o prato se torne um criadouro de mosquitos.

Limpe as calhas

Grandes reservatórios, como caixas d’água, são os criadouros mais produtivos do Aedes aegypti, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do mosquito.

Coloque tela nas janelas

Embora não seja a medida mais eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito Aedes aegypti. 

Uso de repelentes

O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais de risco de contaminação, é um método paliativo para se proteger contra o Aedes. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessárias diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas se esquecem de fazer.

E não se esqueça que você pode contar com o Labi em todos os momentos para te ajudar a cuidar da sua saúde e da sua família. Seja com exames, testes, check-ups ou vacinas, estamos sempre preparados para te oferecer o melhor do cuidado no conforto do seu lar ou em uma de nossas unidades

TAGS: Doenças de verão

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