Descobrir uma gravidez sempre vem acompanhado de uma série de checklists que precisam ser feitos antes da chegada do bebê, do pré-natal à decoração do quartinho do neném, são inúmeras as tarefas necessárias para se preparar para o nascimento da criança. E uma das tarefas mais importantes é a imunização das mamães durante a gravidez.
A vacinação durante esse período é essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê, já que os anticorpos adquiridos pela mulher durante a gestação são transmitidos para a criança e foi graças à vacinação de gestantes que o Brasil conseguiu eliminar o tétano neonatal e materno.
Durante a gravidez, o sistema imunológico fica mais enfraquecido por conta das alterações hormonais e as mudanças que ocorrem no corpo da mulher, o que favorece a queda da imunidade e facilita infecções de maior gravidade. Um bom exemplo é a gripe, as gestantes estão entre os grupos de maior risco de desenvolver complicações da doença todos os anos.
Por conta disso, é muito importante sempre ir às consultas de pré-natal, fazer os exames de acompanhamento e tomar as vacinas necessárias para evitar complicações. Dessa forma, é possível proteger a mãe e o bebê.
É sempre válido lembrar que as vacinas são ferramentas extremamente seguras e eficazes para prevenir doenças infecciosas graves. A vacinação elimina ou reduz drasticamente o risco de casos graves de doenças e até mesmo de mortes. Por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas evitam de duas a três milhões de mortes.
Além de evitar complicações e óbitos em doenças graves, a vacinação é ainda mais importante na gravidez. Isso porque essas doenças infecciosas podem causar graves danos também para o bebê, como o aborto, a prematuridade e malformações fetais.
Por conta disso, a imunização da gestante com as vacinas indicadas pela Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) para essa fase da vida é imprescindível na proteção dela e do bebê nos primeiros meses de vida.
Outro benefício da vacinação em gestantes é que durante o primeiro ano de vida, o sistema imunológico do bebê se defende de infecções com os anticorpos recebidos da mãe via placenta ou leite materno. Portanto, a vacina protege não somente a mãe como também o bebê.
A Sociedade Brasileira de Imunização (SBim) recomenda que as gestantes tomem durante a gravidez a Vacina da Gripe, a Tríplice Bacteriana Acelular, a dupla bacteriana do tipo adulto e a de Hepatite B.
Em situações específicas, como epidemias ou quando a mulher apresenta algumas doenças crônicas, outras vacinas podem ser recomendadas. Nestes casos é necessária uma criteriosa avaliação médica para que o imunizante correto seja indicado.
Vale lembrar que todas as vacinas passam por um rigoroso processo de avaliação e tem sua segurança e eficácia comprovadas pela Anvisa.
As gestantes fazem parte do grupo de risco da gripe, causada pelo vírus influenza, e em casos graves a doença pode levar à hospitalização e até mesmo à morte. O Ministério da Saúde alerta que o risco de complicações nesse grupo é muito alto, principalmente no terceiro trimestre de gestação.
Esse quadro se repete a cada ano, por isso a Vacina da Gripe Tetravalente deve ser tomada anualmente. É importante saber também que o risco para mulheres no puerpério – período de seis a oito semanas após o parto – é igual ou maior ao das gestantes..
Além disso, a Vacina da Gripe Tetravalente também é muito importante para os pequenos, já que bebês com menos de 6 meses também fazem parte do grupo de risco da gripe e as crianças nascidas de mães vacinadas durante o primeiro trimestre de gestação são menos suscetíveis à doença. Isso ocorre devido a transferência de anticorpos entre mãe e filho.
Esquema de doses:
Uma dose anual, durante qualquer fase da gestação e a cada gestação, o mais cedo possível, inclusive no primeiro trimestre de gravidez.
A Vacina Tríplice Bacteriana Acelular protege a mãe e o bebê contra três doenças: tétano, difteria e coqueluche.
E, segundo o Ministério da Saúde, os anticorpos das mulheres que recebem uma dose da Vacina Tríplice Bacteriana Acelular a partir da 20ª semana de gravidez exercem uma importante ação protetora no bebê, defendendo-o até os 3 meses de idade.
Fique atento! É muito importante que todas as pessoas que convivem com a criança e com a gestante também estejam vacinadas, já que adultos podem transmitir as doenças mesmo sem apresentar nenhum sintoma. Desse modo, a rede de proteção do bebê é ampliada, garantindo ainda mais proteção à criança.
Esquema de doses:
Deve ser repetida a cada gravidez, a partir da 20ª semana de gestação. A recomendação do Ministério da Saúde é a de que a gestante não adequadamente vacinada contra o tétano e a difteria receba duas doses da Vacina dupla bacteriana e mais uma dose da Vacina Tríplice Bacteriana Acelular, com o objetivo de possibilitar a transferência de anticorpos contra a coqueluche para o bebê.
Caso a mulher não tenha se vacinado durante a gravidez, deve se imunizar no pós-parto, o mais cedo possível, para evitar transmitir a infecção.
A vacina dupla bacteriana protege a mamãe e o bebê do tétano e da difteria e é recomendada para as mulheres que nunca foram vacinadas contra essas doenças ou que não receberam as três doses necessárias da vacina ao longo da vida.
Esquema de doses:
A mulher que tiver com esquema de doses incompleto para o tétano e a difteria deve – após tomar a Vacina Tríplice Bacteriana Acelular – receber duas doses da Vacina dupla bacteriana:
A recomendação do Ministério da Saúde para esses casos de imunização incompleta contra tétano e difteria é que a mulher receba duas doses da Vacina dupla bacteriana e mais uma dose da Vacina Tríplice Bacteriana Acelular.
A Hepatite B é uma doença grave que pode causar cirrose ou câncer no fígado e que se torna crônica em cerca de 90% dos recém-nascidos que são infectados durante o parto.
A Vacina de Hepatite B protege a mulher e também previne a transmissão para o bebê durante a gravidez ou no parto, razão pela qual ela deve ser aplicada em toda gestante que não tenha sido vacinada previamente.
Esquema de doses:
Caso a mulher não tenha sido vacinada antes de engravidar (ou se não completou todo o esquema), a gestante precisa receber a Vacina de Hepatite B o mais cedo possível.
No total, são três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda, e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.
Apesar da vacinação durante a gravidez ser um dos passos mais importantes nos cuidados com a saúde da mãe e do bebê, existem algumas vacinas que são contraindicadas para gestantes, pois elas possuem compostos em suas fórmulas que podem provocar reações adversas e complicações para o bebê.
As vacinas que, segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), não são indicadas para gestantes são:
Não só podem, como devem! As grávidas em qualquer período gestacional e mulheres até 45 dias após o parto integram o grupo prioritário da vacinação contra a COVID-19 e devem se vacinar para prevenir casos graves e complicações relacionadas à doença.
As lactantes não devem interromper o aleitamento ao se imunizarem, pelo contrário, já que os bebês podem adquirir anticorpos contra o coronavírus pela amamentação. A única restrição é o intervalo mínimo de 14 dias entre a administração da vacina contra a COVID-19 e outras vacinas do calendário da gestante.
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