Em agosto é celebrado o Mês do Aleitamento Materno para estimular a amamentação exclusiva de bebês, já que ela traz inúmeros benefícios para a mãe e para a criança.
Para se ter uma ideia da importância do procedimento, o leite materno é uma importantíssima fonte de anticorpos para os pequenos, ao ponto de já terem casos de mães vacinadas que passaram anticorpos contra a COVID-19 para seus filhos através da amamentação.
E é muito gratificante ver que as campanhas de incentivo ao aleitamento materno vem dando ótimos resultados. Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), o aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 4 meses aumentou de 4% em 1986 para para 60% em 2020. Já em relação a crianças menores de 6 meses, essa taxa passou de 2,9% para 45,7% no mesmo período.
Mas, apesar de ser muito importante para a saúde do bebê e da mãe, amamentar nem sempre é uma tarefa fácil e o momento pode gerar uma série de frustrações e dúvidas para as mamães. Por isso, o Labi separou cinco mitos e verdades sobre amamentação para responder algumas perguntas frequentes entre as mulheres:
MITO
Segundo a FioCruz, nenhum leite materno é fraco, nem mesmo o de uma mulher desnutrida. Inclusive, a qualidade do leite de uma mulher desnutrida é tão boa quanto a de uma mulher nutrida.
O que acaba gerando uma certa dúvida nas pessoas é, por vezes, o choro excessivo do bebê, que parece querer mamar a toda hora, o que pode gerar a falsa sensação de que ele está com fome porque não se sente “alimentado”. Mas fique tranquila, pois isso é completamente normal nos primeiros meses de vida da criança!
Vale lembrar que cada mamãe produz em seu leite materno exatamente aquilo que seu bebê precisa. Isso porque no composto do leite são encontrados diversos tipos de anticorpos específicos para cada criança, de acordo com as necessidades de cada bebê. Além disso, ele também contém substâncias indispensáveis para a nutrição adequada dos pequenos.
VERDADE
Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, o uso de mamadeiras e chupetas pode causar nos bebês o que se chama de “confusão de bicos”. Esse é um termo utilizado para explicar o porquê de algumas crianças sentirem dificuldade em continuar o aleitamento materno após terem começado a usar algum tipo de bico artificial.
A confusão de bicos ocorre porque a sucção do leite no peito requer um esforço maior do que a da mamadeira e da chupeta. Com isso, quando a mãe oferece o peito e os bicos artificiais, o bebê rapidamente descobre que a mamadeira é mais fácil do que o peito. Isso pode desestimular a criança a mamar no seio, o que pode acarretar a diminuição do estímulo da produção do leite e, consequentemente, a mãe pode não ter a quantidade necessária de leite para a nutrição do bebê.
Portanto, a introdução dos bicos artificiais interfere na continuidade do aleitamento materno exclusivo. E é importante ressaltar que quanto mais tempo a criança suga a chupeta, e quanto antes ela começar a usar, maior é o risco de desmame precoce.
MITO
Nos primeiros dias após o parto, é normal que a mulher sinta uma dor moderada nos seios, pois as mamas estão se preparando para a descida do leite. Durante esses períodos é comum que os seios fiquem maiores, bem cheios e – algumas vezes – quentes. Por conta de todas essas alterações no corpo – aliadas à sucção do bebê – é normal que haja um pouco de desconforto ou dor nos primeiros cinco dias.
Porém, fique atenta! Se você continuar sentindo dor por mais de uma semana ou se os seus mamilos ficarem muito machucados, é importante consultar o médico de sua confiança para verificar se está tudo bem pois pode haver algum problema.
Entre as possíveis causas de dor ao amamentar, a mais comum é a pega incorreta do bebê. Além de dificultar a saída do leite, uma pega inadequada pode machucar os mamilos. E lembre-se sempre de não normalizar a dor: amamentar deve ser um momento prazeroso tanto para a mãe quanto para o bebê.
Por conta disso, é muito importante encontrar uma posição confortável para amamentar e também posicionar o bebê corretamente, levando sempre a criança até o seio e nunca o contrário. Outra dica, é fazer o movimento de pinça com o peito de modo que o bebê abocanhe grande parte da aréola e não somente o bico do seio.
MITO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam amamentados em livre demanda, ou seja, que a amamentação ocorra quantas vezes a criança quiser, dia e noite. Isso porque a periodicidade varia conforme o bebê e é muito importante para o desenvolvimento da criança que o aleitamento ocorra sempre que ela sentir fome. Além disso, é recomendado que o bebê mame o quanto quiser, até se sentir satisfeito, já que isso também depende do ritmo de cada criança.
A amamentação em livre demanda traz inúmeros benefícios para a mãe e para o neném. Nas crianças, esse tipo de aleitamento auxilia no controle da obesidade infantil porque ajuda o pequeno a associar o alimento à fome desde cedo. Já para as mamães, amamentar em livre demanda estimula a produção de leite, pois é justamente o ato de amamentar que faz a mama produzir o alimento.
Mesmo assim, ainda é importante ficar de olho! Caso o nenê queira mamar de hora em hora, é provável que ele esteja ingerindo pouco leite e é bom pedir orientação a um profissional para identificar o problema. Outro ponto são os bebês dorminhocos que acabam dormindo por um longo período de tempo e, nesses casos, devem ser acordados a cada quatro horas para mamar.
VERDADE
Toda mulher saudável e que não está tomando remédio incompatível com a amamentação pode e – deve – doar leite materno. O processo para realizar a doação é muito fácil e descomplicado, basta a mulher fazer a retirada do leite em casa e depois entrar em contato com o banco de leite humano mais próximo.
Vale ressaltar que a doação de leite materno é fundamental para a saúde das crianças, especialmente as que estão na UTI neonatal e não podem ser amamentadas pelas próprias mães. E qualquer quantidade de leite materno doado é extremamente importante, já que um pote de leite pode alimentar até 10 bebês por dia.
Além disso, a doação do alimento estimula as mamas a produzir ainda mais leite! Isso porque a produção de leite materno depende do esvaziamento das mamas, então quanto mais a mulher amamenta ou retira leite, mais leite ela produz, sendo suficiente para o seu bebê e para a doação.
Então, caso você seja elegível a doar leite materno entre em contato com o banco de leite humano mais próximo e ajude um outro neném a ficar tão forte e saudável quanto o seu.
E para todas as ocasiões e etapas da vida, conte sempre com o Labi para te ajudar no cuidado com a sua saúde. Seja em uma de nossas unidades ou no conforto do seu lar, estamos sempre preparados para te oferecer as melhores vacinas, check-ups, testes e exames a preços acessíveis de forma prática e descomplicada.
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