Câncer de colo do útero: sintomas e prevenção

Publicado por: Equipe Labi Equipe Labi
14/03/2022
8 minutos de leitura
Menina recebendo a injeção da vacina contra hpv

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2021, o câncer de colo do útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama e é a quarta causa de morte por câncer entre a população feminina no Brasil. A doença, entretanto, pode ser descoberta durante exame de rotina e atinge altas taxas de cura quando detectada e tratada no início.

O que é Câncer de colo do útero?

O câncer do colo de útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos específicos do Papilomavírus Humano – HPV. A infecção genital por esse vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa câncer. Porém, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para a doença. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.

Alguns fatores que favorecem o aparecimento do câncer de colo de útero são:

  • Sexo desprotegido com múltiplos parceiros;
  • Histórico de ISTs (HPV);
  • Tabagismo;
  • Idade precoce da primeira relação sexual;
  • Multiparidade (várias gestações).

H2: O que causa câncer de colo do útero

O câncer de colo do útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano que é responsável por quase todos os casos da doença.

Existem mais de 100 variações do vírus HPV e a maioria delas não causa grandes danos ao organismo. Porém, algumas variantes são extremamente prejudiciais à saúde e são responsáveis por causar doenças graves. E, a principal forma de se proteger contra as formas mais agressivas do vírus é através da Vacina de HPV Quadrivalente.

O HPV-16 e o HPV-18 são os tipos cancerígenos mais comuns e são responsáveis por quase 70% dos casos de câncer de colo do útero e também contribuem para o surgimento de inúmeros casos de câncer peniano, anal, na cavidade oral e traqueia. 

Já o HPV-6 e o HPV-11 são dois tipos do vírus que não causam câncer, mas são responsáveis por causar verrugas genitais – também conhecidas como crista de galo – que atrapalham a vida sexual e causam desconforto na região genital. É importante ressaltar que as pessoas podem ser infectadas com mais de uma variante do vírus HPV ao mesmo tempo.

Vale lembrar que o HPV é transmitido principalmente por contato sexual e a maioria das pessoas é infectada logo após o início da atividade sexual. Por conta disso, se vacinar contra o HPV é essencial e imprescindível.

Sintomas de câncer no colo do útero 

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Nos estágios mais avançados, a paciente pode apresentar dores pélvicas de forte intensidade, anemia, dores na região lombar, alterações miccionais e no hábito intestinal.

Estágios do câncer do colo do útero

O estágio informa se o câncer se espalhou e, em caso afirmativo, até que ponto se espalhou, e pode ajudar seu médico a encontrar o tratamento certo para você.

O câncer do colo do útero tem quatro estágios:

  • Estágio 1: o câncer é pequeno. Pode ter se espalhado para os gânglios linfáticos, porém não se espalhou para outras partes do seu corpo.
  • Estágio 2: o câncer é maior. Pode ter se espalhado para fora do útero e do colo do útero ou para os gânglios linfáticos. Ainda não atingiu outras partes do seu corpo.
  • Estágio 3: o câncer se espalhou para a parte inferior da vagina ou para a pelve, pode estar bloqueando os ureteres, os tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Não se espalhou para outras partes do seu corpo.
  • Estágio 4: o câncer pode ter se espalhado para fora da pelve para órgãos como pulmões, ossos ou fígado.

Para o câncer do colo do útero detectado nos estágios iniciais, quando ainda está confinado ao colo do útero, a taxa de sobrevida em 5 anos é de 92%. segundo a Sociedade Americana do Câncer.

Uma vez que o câncer se espalhou dentro da área pélvica, a taxa de sobrevida em 5 anos cai para 56%. Se o câncer se espalhar para partes distantes do corpo, a sobrevivência é de 17%.

Testes de rotina são importantes para melhorar a perspectiva de mulheres com câncer do colo do útero. Quando este câncer é detectado precocemente, as chances de sobrevida aumentam consideravelmente.

Prevenção do câncer de colo do útero

A melhor maneira de se proteger contra o câncer de colo do útero é através da Vacina de HPV Quadrivalente que imuniza o organismo contra o HPV 16 e 18, diminuindo drasticamente as chances de desenvolver a doença, e dos tipos 6 e 11 que causam as verrugas genitais. Portanto, se imunizar contra o HPV é uma importante e indispensável arma na prevenção do câncer. 

Além disso, a resposta do sistema imunológico após a vacinação contra o HPV é muito mais forte do que a resposta após a infecção natural, fornecendo às pessoas uma proteção imune forte e de longo prazo contra o HPV. Vale ressaltar que a Vacina de HPV Quadrivalente tem eficácia comprovada e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quem pode tomar a vacina de HPV?

Segundo a OMS, a melhor maneira de prevenir o HPV é ser vacinado antes de iniciar a atividade sexual, já que as vacinas são preventivas e não podem tratar infecções já existentes.  

Tendo isso em vista, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam que a Vacina de HPV Quadrivalente seja tomada principalmente por: 

  • Meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade, o mais precocemente possível;
  • Meninos e jovens de 9 a 27 anos, o mais precocemente possível.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) ressalta que homens e mulheres em idades fora da faixa de licenciamento – ou seja, mulheres acima de 45 anos e homens acima de 27 anos – também podem ser beneficiados com a vacinação, de acordo com critério médico.

Lembre-se: tanto a Organização Mundial da Saúde quanto a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) ressaltam a importância de tomar a Vacina de HPV Quadrivalente ainda na infância (a partir dos 9 anos de idade), antes do início da vida sexual. Essa é a maneira mais eficaz e mais importante de evitar a infecção por HPV.

Quantas doses têm a vacina de HPV?

A Vacina de HPV Quadrivalente possui um esquema vacinal, ou seja, quantidade e tempo entre as doses, que varia de acordo com a idade em que a pessoa recebe a primeira dose:

Entre 9 a 14 anos:

  • Necessário tomar duas doses.
  • Intervalo de seis meses entre uma dose e outra. 

A partir dos 15 anos:

  • Necessário tomar três doses.
  • A segunda dose deve ser tomada dois meses após a primeira dose e a terceira deve ser tomada seis meses após a primeira dose.

Independentemente da idade, pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento também devem receber três doses do imunizante e, assim como pessoas a partir dos 15 anos, devem tomar a segunda dose dois meses após a primeira dose e a terceira, seis meses após a primeira dose.

Vacina de HPV no Labi

No Labi, a Vacina de HPV Quadrivalente está disponível para todas as pessoas a partir de 9 anos, sem restrição de idade e sem necessidade de pedido médico. 

Proteja você e sua família se vacinando aqui no Labi. Aqui, você pode tomar a Vacina de HPV Quadrivalente no conforto da sua casa e o pagamento pode ser feito pelo site com PIX, cartão de crédito e em até 12 vezes. 

E lembre-se: seja com exames, testes, vacinas ou check-ups, conte sempre com o Labi para te ajudar a descomplicar seus cuidados com a saúde. 

Saiba mais sobre nossas vacinas no site do Labi.

TAGS: Março Lilás
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