Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil é o quarto país do mundo entre os países com maiores taxas de Diabetes Mellitus na população adulta, com um total de 14,3 milhões de pessoas de 20 a 79 anos. Neste contexto, o diabetes gestacional também está ficando cada vez mais comum.
Estima-se que até 18% das gestantes tenham diabetes gestacional, um dos distúrbios mais comuns e temidos durante o período da gestação. Os casos da doença têm aumentado mundialmente principalmente devido ao aumento da idade materna e ao aumento da prevalência de obesidade entre as mulheres em idade reprodutiva.
Neste artigo do blog explicaremos a importância de diagnosticar o diabetes gestacional e como isso ajuda a preservar a saúde da mãe e do bebê. Confira.
A FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) define o diabetes gestacional como hiperglicemia – excesso de glicose no sangue – detectada pela primeira vez durante a gravidez. Ou seja, para ser considerado diabetes gestacional, a gestante não pode ter a glicemia alterada no período anterior à gestação. A Organização Mundial da Saúde também orienta que qualquer hiperglicemia detectada inicialmente durante a gravidez seja classificada como diabetes gestacional.
Essa condição geralmente se desenvolve perto do 3º trimestre de gravidez e, na maioria das vezes, desaparece após o parto. Mesmo assim, segundo a FEBRASGO, estima que entre 3% a 65% das mulheres que tiveram diabetes gestacional têm um risco significativamente maior de desenvolver diabetes ou intolerância à glicose. Este intervalo estatístico é muito alto, pois ainda há falta de dados e, muitas vezes, o diabetes gestacional não é diagnosticado corretamente.
Sendo uma doença silenciosa, o diabetes gestacional raramente gera sintomas, embora, em alguns casos, possam ser observados. Falaremos mais deles adiante.
O diabetes gestacional pode trazer complicações à saúde da mulher e do bebê e por isso deve ser acompanhada pelos médicos durante o pré-natal da mamãe. Entre suas possíveis complicações estão prejuízos aos rins, hipertensão, além do risco de diabetes tipo 2 posterior à gestação na mulher, risco de parto prematuro e feto macrossômico (bebês com mais de 4kg).
Já o bebê de uma gestante com diabetes gestacional possui maior risco de desenvolver diabetes, síndrome metabólica e obesidade no futuro.
O diabetes gestacional está relacionado principalmente com a resistência do organismo à insulina produzida pela mulher. Isso surge como uma consequência do aumento da concentração dos hormônios relacionados com a gravidez.
Os hormônios da gravidez podem suprimir a produção de insulina pelo pâncreas, de forma que esse órgão não é capaz de aumentar os níveis produzidos do hormônio, o que faz com que exista maior quantidade de açúcar no sangue, resultando no desenvolvimento do diabetes gestacional.
Essa situação é mais frequente de acontecer em mulheres que têm alguns fatores de risco como:
Muitos desses fatores de risco podem ser controlados ou tratados para diminuir a probabilidade da gestante desenvolver diabetes gestacional. Sobre isso, a FEBRASGO reforça que a prevenção da doença é, sim, possível na maioria dos casos.
O diabetes gestacional costuma ser uma doença silenciosa e raramente causa algum sinal ou sintoma. Por isso, é muito importante fazer todos os exames de pré-natal, pois eles são o único meio de diagnosticar a doença e prevenir possíveis complicações, tanto para a mãe quanto para o bebê.
No entanto, há mulheres que podem sentir alguns sintomas sugestivos do diabetes gestacional. São eles:
É importante ficar atenta aos sintomas e manter uma relação de proximidade e confiança com o seu médico ou obstetra. Também siga todas as suas recomendações e mantenha o seu pré-natal em dia.
Apesar do diabetes gestacional ocorrer em qualquer mulher, recomenda-se o Exame TOTG (também conhecido como exame ou teste de curva glicêmica), apenas para grávidas que ainda não tiveram diagnóstico de diabetes na gestação e que não tiveram o resultado do exame de glicose em jejum compatível com diabetes gestacional em exame basal.
O teste oral de tolerância à glicose em gestantes é fundamental durante o pré-natal, pois permite o diagnóstico de diabetes gestacional na mulher, por meio da análise do comportamento da glicemia no organismo após tomar uma grande quantidade de glicose por via oral. Nas grávidas sem diabetes, os níveis de glicose aumentam discretamente.
O exame de curva glicêmica é realizado com a coleta de três amostras de sangue – uma em jejum, outra 60 minutos e outra 120 minutos após a ingestão de um líquido com 75g de glicose e a mulher permanece no laboratório durante toda realização do exame.
No Labi, o teste oral de tolerância à glicose em gestantes apresenta os valores de referência individuais de cada exame. A entrega dos resultados é realizada em até 2 dias úteis após a realização do teste, podendo ser consultado online em nosso site. E o pagamento é facilitado: PIX, cartão de crédito e em até 12 vezes. Você escolhe!
Também temos disponíveis outros exames e testes que podem ser solicitados pelo seu médico, como hemograma completo, glicemia, ferro e tipagem Sanguínea com Fator Rh.
Sejam exames, testes, vacinas ou check-ups, conte com o Labi para te ajudar a cuidar da saúde sem complicação.
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